VIOLÊNCIA:
ESPELHOS DO MEDO
A cultura brasileira é constituída por um conjunto de trejeitos e
costumes adquiridos e transformados desde a época em que a população nacional
era ocupada por índios e portugueses, que, sobretudo, resultou em um sério
conflito cultural. Sabemos que a história de nosso país contém manchas
sangrentas e, baseada nisso, a legislação brasileira é reformulada
frequentemente com o intuito de combater a violência em toda e qualquer
instância, objetivando manter a sociedade organizada.
A violência é o principal tema abordado pelos meios de comunicação, em
especial contra mulheres e crianças. Todos os dias são noticiados novos casos,
elevando os índices nas cidades brasileiras. Por motivos banais centenas e até
milhares de vidas se perdem diariamente; no caso das crianças, a motivação do
agressor é a inocência e a fragilidade física, e no caso das mulheres, em sua
maioria, pelo mesmo motivo e também por causa do machismo desqualificado que
perdura desde o princípio da sociedade brasileira até os dias atuais, porém,
com menor expressão.
Através da própria mídia, que alcança toda a população por ser o meio de
comunicação mais acessível, que noticia frequentemente a degradação tanto
política quanto social do país, nos informamos da existência de organizações
não governamentais que auxiliam e acolhem mulheres e crianças vítimas de
violência doméstica. Porém, muitas vítimas ainda são reprimidas e sufocadas por
seus medos e não buscam sequer o auxílio jurídico.
Nitidamente, a história nacional retrata um pouco nos dias atuais o
período opressor pelo qual passou o Brasil. Mulheres e crianças ainda são
tratadas e vistas, muitas vezes, com inferioridade pela sociedade, o que
resulta em um prolongamento de transmissão cultural equivocada. Os governantes
devem explorar a mídia como uma forma de auxílio que visa a alcançar as vítimas
da violência doméstica em prol da diminuição dos casos de tal barbárie e também
para uma sociedade verdadeiramente organizada, pois a combinação da publicidade
com a mídia pode abrir novos horizontes, seja para internautas ou
telespectadores. É dever social e político do Estado zelar pelo exercício das
leis, principalmente das que asseguram a vida de um cidadão, independentemente
dos meios utilizados pelo mesmo (o Estado) para atingir a população, antes que
as estrelas brancas que compõem nossa bandeira sejam coloridas com o sangue
derramado por inocentes.
Keteleen Ribeiro Ramos
Texto para reflexão em 8 de março!
ResponderExcluirOrgulhosa da aluna!
Bem bacana esse texto. Discordo apenas quando ela diz que "machismo desqualificado que perdura desde o princípio da sociedade brasileira até os dias atuais, porém, com menor expressão." Acho que ele o machismo perdura com a mesma força de sempre, apenas se camufla de uma outra maneira.
ResponderExcluirSó procurei abordar o tema de uma perspectiva diferente dessa. Mas fico feliz que tenha gostado.
ExcluirBom, ao escrever este parágrafo, levei em consideração o fato de acreditar que há dois fatos que devem ser relevantes: a mulher conquistar o direito de votar e o outro, de poder tomar a iniciativa do divórcio. Logo, a opressão não é completamente igual a do passado.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito interessantes os comentários de ambos! Cada olhar uma perspectiva, uma interpretação...
ResponderExcluirA discussão é enriquecedora!!! Continuemos, então!
Li o texto e concordo com a historicidade desenvolvida sobre a violência contra as mulheres e as crianças. Os avanços contra a coação ilegítima da cultura machista é muito incipiente, bem como o tratamento dado as crianças como um sujeito de direitos. A conquista de direitos e responsabilidades exige lutar, denuncias, escolhas, ética e participação nos coletivos da sociedade para construção de uma cultura civilizatória.
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