terça-feira, 15 de março de 2016

Crítica "sutil" feita por uma menina à escola que oferecemos...


 Deveríamos ouvir os adolescentes em suas críticas e sugestões! Segue um trecho do livro da menina Helena:

"Na escola era sempre a mesma coisa, eu até gosto da escola, mas muitas coisas me frustram demais. A escola deveria ter, em minha opinião, uma matéria chamada: maturidade. A escola não me irrita só por focar em conhecimentos vazios e sim porque nela há pessoas vazias."

RIGA, Helena Lelli. Reticências.São Paulo: Zagodoni, 2013.

terça-feira, 8 de março de 2016

Além das nuvens

...mas atrás de cada realidade revelada
há sempre outra mais real...
aquela que ninguém jamais saberá.

...atrás de cada imagem revelada
existe outra mais fiel à realidade.
E, no fundo dessa imagem há outra
e mais outra,
através da última
e assim por diante,
até a verdadeira imagem
daquela realidade misteriosa absoluta.
Que ninguém jamais verá.

Win Wenders

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Águas




Águas

Vai ao meu encontro e me dilui.
Eu, água parada, micróbios em um microcosmo,
Aguardo a enxurrada que me movimenta,
Entra em meu mundo e o aumenta!
Perspectivas, sensações, sentimentos...
Tempo de cheia, transborda, escorre...
Novo curso em novos sentidos, novidade!
Mistura de águas: homogeneidade.

E.L.
 



segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Pass agem

Pássaros de fogo
que acariciam a velha árvore
acostumada à permanência,
fincada na terra.
Pássaros ágeis,
leves,
quentes.
Não se fixam,
porque pássaros passam,
voam,
vão aquecer outras árvores imóveis,
estáticas,
esperando o vento, a chuva, o sol,
a nova estação,
esperando do tempo... que traga

Pássaros de fogo,
ágeis,
leves,
quentes,
breves...

Eleandra Lelli




segunda-feira, 7 de setembro de 2015

La vie en close 3


Um eu líquido se esvai pelo ralo da impossibilidade...
Vida de incertezas, sem riscos!
Quem me conhece?

Sábia Esfinge, por favor, decifra-me...

E.L.



Passarinhos


Bem te vi,
Sabiá!
Quero quero
Beija-flor...



E. L.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Minha inexplicável vida, de Helena Lelli Riga

Minha inexplicável vida

Minha inexplicável vida pode ser resumida com insuficientes palavras rasas, resumo minha vida olhando e comparando-a ao mar. 
O mar é a representação de uma vida na qual eu posso estar inserida e não o contrário. O mar é de lua, é de fases. 
O mar já tentou me afogar, no mar agitado as pessoas têm medo de entrar, no mar agitado fica tudo bagunçado. No mar calmo as pessoas amam ficar, mas mesmo em dias de calmaria o ir e vir das ondas não para nunca, intermitentemente até que não haja mais mar, apesar dos tempos de calmaria sempre haverá ondas indo e vindo. 
Minha vida é inacreditavelmente profunda, e nela existem coisas que nem eu mesma conheço, e não conheço quase nada que não esteja no raso. Não só eu como algumas pessoas muito corajosas procuram descobrir o que há nessa imensidão azul. Minha vida é alguns nuances de azul se descobrindo, se encontrando e se fundindo em um horizonte relativo.
Minha vida é um horizonte relativo. Minha vida é o ir e vir das ondas do mar. 
Minha vida é de lua...
 
HELENA LELLI RIGA

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Texto de Keteleen Ribeiro sobre a importância do apoio consciente à Educação, aos educadores da escola pública.



"O fato é que um cidadão de coração verde e amarelo jamais deverá deixar de lutar por um futuro que espelhará a grandeza do seu Brasil"  Assim Keteleen define a importância do apoio aos educadores, à Educação Pública! O texto como um todo dispensa minhas observações, Keteleen Ribeiro é aluna nota 10! É cidadã nota 10!

 PÁTRIA AMADA
Ao longo da história de nosso país, nos deparamos com idas e vindas, sejam políticas ou sociais, as quais algumas foram benéficas para a população, e outras nem tanto. Como em toda civilização, no Brasil sempre há favorecimento para uma camada e prejuízo para outra. Há mais de 500 anos nos deparamos com discursos dos representantes políticos pela “melhoria” da nação, vistos de diferentes maneiras. Essa distinção de ideais é a prova de que há uma clara divisão social decorrente da desigualdade.
 Em suma, há dois exemplos atuais a serem citados. A terceirização, que é uma lei aprovada recentemente autorizando as empresas, sejam públicas ou privadas, a se organizarem de uma forma que transfira suas atividades a uma outra empresa, e o atual descontentamento com a educação leva os professores às ruas, pela falta de leis que beneficiem tal classe trabalhadora, além da luta pelo bem estar dos alunos, como melhorias na infraestrutura nas instituições de ensino.
Através das companhias mais prestigiadas da mídia em geral, não é possível ter pleno acesso aos assuntos em questão. Rapidamente podemos indagar que este fato é uma maneira de calar uma camada e dar voz à outra. Que camadas seriam essas? A resposta é simples: o Brasil, assim como muitos outros países, é dividido socialmente entre a camada pobre e a camada rica, desde sua colonização, o que percorre até os dias atuais por não conseguir se desfazer de sua pobre herança cultural política marcada por uma divisão deplorável entre povos de uma mesma terra.
O brasileiro é conhecido por não desistir nunca, sob o forte argumento de transformar o Brasil em um mundo melhor, marca presença nas ruas, mesmo que cada um tenha suas razões. A diferença será feita a partir do momento em que as pessoas entenderem como e pelo quê devem lutar, pois ainda que o coração patriota tenha boas intenções, o cérebro deve ser bem trabalhado. Talvez as atuais manifestações não tenham resultados agradáveis a todas as classes, sejam sociais ou trabalhadoras, porém, o pontapé inicial deve ser dado nas urnas. O fato é que um cidadão de coração verde e amarelo jamais deverá deixar de lutar por um futuro que espelhará a grandeza do seu Brasil. 
Keteleen Ribeiro