domingo, 10 de agosto de 2014

La vie en close - 2


Lembranças boas...por serem em maior número ou porque são as que queremos guardar?
Não poderia chamá-lo de você,
Também não saberia...
Com sua máquina azul de sonhos, transportava lamentos e alegrias,
Ajudava até quem não pedia...
Não olhava cor, origem ou classe social...
Se crianças, tudo oferecia,
Tirava de casa, da família e dividia!
Sua casa era onde podia rir, gargalhar, contar histórias,
Onde tivesse ouvintes, necessitados ou abastados, lá fazia sua estada!
Na maioria das vezes, eu, em meu egoísmo infantil, não entendia...
Mas acho que hoje, tanto tempo separados...
Percebo, entendo e reconheço: o senhor foi o melhor de nós!
Generosidade, desprendimento, caridade, solidariedade, resignação...
Muitos defeitos também, mas diluídos e diminutos diante de toda sua grandeza!

Acredito, pelo menos por hoje, que muito do senhor está em sua neta, a quem tento transmitir algumas das lições que deixou...

Acho mesmo que outro dia, ela pôde conhecê-lo em um sonho... em que havia uma máquina azul voadora encantada que era alegria da molecada de uma rua que já não há. Era pilotada por um senhor muito maluquinho que emendava uma história na outra e não parava de gargalhar...

Ainda sinto sua alegria e procuro copiá-la e não se preocupe, estamos todos bem!

Agradeço pela Poesia que se tornou em minha vida!
                       A
                        I