sexta-feira, 27 de junho de 2014

La vie en close

Quase 43

Parece muito, mas não é... Os sinais do rosto indicam muitas coisas já vividas, a alma remete-se a alguém e algum lugar que nem sou... O fruto é que da a medida exata de mim! 13 anos de vida...experiências concretas, intensas, inesquecíveis...

Mãe


"não fosse isso
 e era menos
 não fosse tanto
 e era quase"

Paulo Leminski

quarta-feira, 18 de junho de 2014

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Entrevista mãe e filha



Publicado dia 26/05/2014 às 14h42 por Sérgio Simka

Fingi, o sapo fingidor

A coluna de hoje traz uma linda entrevista com duas escritoras também lindas: Helena Lelli Riga e Eleandra Lelli, autoras do lindo livro infantil “Fingi, o sapo fingidor”.
Eleandra: Sou professora há 21 anos, de ensino fundamental, médio e superior. Mestre em Literatura Portuguesa pela USP e especialista em Literatura Brasileira, tenho artigos em livros e revistas especializadas. Adoro ler e sei o quanto é importante a leitura para a formação de um ser humano pleno, por isso procuro estimular a todos os alunos a lerem o máximo possível e de maneira ampla! Não poderia ser diferente com minha única filha! Bibliotecas e livrarias sempre fizeram parte do roteiro de passeios aos finais de semana. Li para ela e com ela durante seus primeiros seis anos, depois disso e até hoje adora ler, interpretar, descobrir e reinventar. Procuro ser uma mãe presente e participativa, uma professora dedicada, em todos os níveis em que atuo. Sou também consultora de Língua Portuguesa.
Helena: Tenho 13 anos, estou no 9° ano, faço balé clássico desde pequena e toco piano. Desde sempre gosto de ler e consequentemente tiro sempre boas notas em redação, e foi justamente escrevendo uma redação na escola que descobri o quanto sou apaixonada por essa arte.
  
Fale-nos sobre o livro.
  
Eleandra: Fingi, o sapo fingidor foi escrito pela Helena aos 7 anos, eu apenas orientei e ajudei a estruturar. A história retrata um pouco da vida de uma garotinha apaixonada por animais e que resolveu pegar girinos no parque para ver sua transformação... A narrativa ficou tão singela, tão doce e verdadeira que me apaixonei e quis publicar, porém à época, sem muito dinheiro, apenas pedi a um sobrinho, Thiago Lelli, para diagramar e imprimir vinte cópias. Estas cópias desapareceram, toda a família pediu, pois, além da história, as ilustrações eram desenhos infantis da própria Helena, alguns, inclusive,  permaneceram no livro agora publicado.
  
Helena: O livro retrata plenamente o meu amor pelos animais que já tive e o quanto a natureza (desde que eu sou pequena) me deixa maravilhada. O livro conta uma história parcialmente verídica de uma vivência inesquecível e extremamente afetiva, tanto com a minha família como com a natureza.

Qual foi a motivação ao escrevê-lo?

Eleandra: Depois de um passeio como tantos outros em que trouxemos um girino para casa, estávamos cansadas, mas a Helena quis escrever e sentou-se ao meu lado, dizendo que queria escrever e eu acompanhei...
  
Helena: Minha inspiração para a história foi o dia em que peguei o sapinho "Fingi" que me encantou com suas ações e principalmente com suas transformações. Tinha 7 anos quando escrevi, e escrevê-lo, foi uma experiência muito prazerosa ao lado da minha querida mãe.
Foi fácil encontrar uma editora que publicasse?
  
Eleandra: Foi fácil encontrar, mas os preços não eram acessíveis, pois, como se trata de um livro infantil, tinha ilustrações, o que torna mais cara a publicação. Então o projeto foi ficando na gaveta, até que no início deste ano, encontrei Adriano Zago, uma das pessoas mais generosas que já conheci, editor da Zagodoni Editora, que me deu um enorme incentivo para publicação de Fingi, o sapo fingidor, e como é também extremamente experiente e competente sugeriu-nos que déssemos um toque mais profissional e artístico à obra com ilustrações feitas por uma artista de primeira linha, que traduziu em imagens tudo o que o livro dizia, o nome dela é Inês Quintanilha e o resultado está aí: uma obra publicada e fazendo enorme sucesso entre os pequenos e os adultos, inclusive!
  
Para vocês, o que significa ser escritor?
Eleandra: Para mim, escrever é poder criar, é ver nascer algo que ainda não existia... mais ou menos como ser mãe.
  
Helena: Para mim, ser escritor é ousar e arriscar. É uma implacável busca de explicar o inexplicável, e de inventar e pensar o improvável. 
  
Como analisa a questão da leitura no país?
Eleandra: Como professora, percebo que há um enorme respeito pelos livros entre os alunos e professores, porém a leitura efetiva ainda é muito rara, as pessoas não têm paciência para ler como deveriam, uma vez que não criaram o hábito de leitura. A maior parte das pessoas não recebe o incentivo necessário desde a infância pela família e a escola parece que parou de estimular a leitura, de adotar bons e instigantes livros para encantar e desenvolver, faz apenas solicitar livros para provas e trabalhos, o que torna a leitura obrigação e não hábito.
Helena: Pelo que eu acompanho e pela observação das pessoas com quem convivo, vejo que são poucos os que lêem, apenas algumas exceções conhecem a literatura brasileira, acredito que seja falta de incentivo e falta de interesse pela cultura. Na minha opinião a tão poderosa mídia deveria expor mais sobre arte e cultura. E a escola se atrever a aguçar a curiosidade dos alunos em relação a coisas que só podem ser buscadas e conhecidas por meio da leitura.
Uma mensagem aos que desejam se lançar no mundo editorial.
  
Eleandra: Vale a pena! O retorno é maravilhoso, ver o livro pronto é mágico
Helena: É uma experiência marcante e honrosa! Vale a pena arriscar-se! Pela minha experiência, só trouxe benefícios!

Vocês receberam influência de alguém para se dedicar a escrever?
Eleandra: Meu pai era um exímio contador de histórias, inventava uma atrás da outra e eu adorava. Minha profissão também exige constante atualização e descoberta... ler e escrever são atividades diárias!   
Helena: Dos meus pais, mas principalmente da minha mãe. Que sempre me incentivou muito!
Outra pergunta que eu não fiz e que vocês gostariam de responder.
Eleandra: Se a pergunta fosse, o que mais promoveu alegria neste processo de publicação?, eu responderia: Ver minha filha mais feliz do que nunca e também como todos a nossa volta a incentivaram e torceram por nós!
Helena: Se eu pretendo continuar a escrever? E a resposta seria: Claro! Já tenho um livro infantojuvenil pronto e com novas ideias aflorando!


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